sábado, 12 de dezembro de 2009

Citação da Futura Linha Congonhas / Morumbi (Em estudo)



Seria importante o Governo Estadual discutir com os moradores o futuro trajeto, já que, a proposta é construir um Metro de superfície atravessando o Bairro do Morumbi, chegando ao Estadio.










Mera especulação: Seria este o trajeto final (Congonhas, Aguas Espraiada, Panamby, passando pela divisa da Favela de Paraisópolis, atravessando a avenida Sen. Otavio Mangabeira, Jules Rimet com parada final na estação do Estadio do Morumbi ?













sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MORUMBI e adjacências – “AME-O OU DEIXE-O, em PAZ”

Ao longo dos últimos anos o Bairro do Morumbi e adjacências passaram por grandes transformações, tendo como eixo a segurança de um lado e a pressão imobiliária do outro, ambas partes de um contexto perverso. De um lado o nome Morumbi que hoje se estende por uma mera conveniência mercadologia dos incorporadores e construtoras do Caxingui até o Jardim Sul é uma grife imobiliária excepcional para o lançamento de grandes projetos com a mensagem subliminar para a nova classe média: “Venha morar em um bairro de elite voltado para poucos”. Do lado perverso, dois mundos em choque, o dos “abastados e endinheirados” e das “comunidades carentes” que se encontram constantemente nas esquinas e faróis ou quando das invasões de residências e que garantem à mídia audiência certa sempre que algo triste ou cruel acontece.

Infelizmente o crescimento desordenado e sem planejamento criou a percepção de que a Grife Morumbi não é suficiente para garantir a qualidade de vida dos seus moradores no longo prazo, ou seja, além da violência os acessos restritos ao bairro, de um lado para outro do rio pinheiros transforma o ir e vir em um martírio diário.

Como sempre para tudo existem soluções milagrosas, mesmo que as mesmas não tenham um fórum de discussão objetivo, adequado e participativo do bairro, ou seja, as obras que “salvarão” o Morumbi caótico e farão a alegria dos torcedores do mundial de 2014, envolve projetos de mega infra estrutura, para citar como exemplo; a construção da linha amarela do metro com a sua ligação até o estádio do Morumbi, uma garagem verticalizada em frente ao estádio, uma linha do metro de superfície (Minhocão do Morumbi) ligando o aeroporto ao estádio, uma avenida saindo do Panambi e desembocando no “ladeirão” da favela de Paraisópolis, talvez uma nova ponte próxima ao parque Burle Max e não sei se verdade ou não a retomada do projeto de um túnel que começaria no parque Alfredo Volpi e desembocaria próximo ao Estádio.

De um lado há de se valorizar os aspectos positivos da implantação de novas linhas de transporte coletivo permitindo a troca dos automóveis por meios de transporte mais eficientes e menos poluentes, mas por outro lado é necessário analisar seriamente o custo do impacto no entorno dos bairros ao Estádio já vitimados por reformas da lei de zoneamento e de leis de incorporação imobiliária (Vide os projetos pseudos “residenciais” em frente ao Hospital Albert Einstein).Friso que existe algo perigoso no ar, ou seja, o sentimento que no longo prazo a parte ainda intocada do bairro não escapará de um processo de edificação vertical nas glebas onde as posturas originais dos loteamentos não indicarem restrições claras do uso e ocupação do solo. Esqueci de dizer que no ano de 2010 uma nova intervenção, desta vez econômica irá confiscar mais um pouco do bolso da classe média, ou seja, alíquotas leoninas ainda não divulgadas do IPTU.

O grito dos inocentes, dos pobres e desassistidos, dos ricos e endinheirados deveria ser no sentido de cobrar definitivamente o respeito para que as decisões de um Estado (Prefeitura, Estado e Gov. Federal), tradicionalmente incompetentes e desalinhados em relação à prioridades dos habitantes, obrigasse os mesmos a apresentar uma agenda clara para a reurbanização do bairro de modo a:

1. Preservar as características urbanísticas originais dos bairros Z-1 que servem como pulmão verde para uma cidade em ritmo alucinante de aquecimento;
2. Analisar seriamente o impacto de cada projeto de transporte coletivo e viário a fim de que ocorra o menor impacto possível sobre o bairro já castigado;
3. Garantir a presença efetiva do estado nas favelas visando intervir e reduzir substancialmente a violência causada pela presença de grandes traficantes de droga que se escondem no meio das comunidades e conseqüentemente desmitificar os falsos conflitos de “luta de classes” entre ricos favelados é a solução correta, já que, apenas abrir lojas de eletrodoméstico e agências bancárias é importante, mas não garantem a formação de bairros com qualidade de vida e segurança aos seus moradores, nem tão pouco dá a oportunidade para que os seus moradores passem a cobrar soluções e projetos de longo prazo do Estado.

Obra para a Copa?

Fiquei estarrecido com a matéria publicada no jornal em que é abordada a ligação via metrô de superfície (monotrilho) do Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi.
É inacreditável que as autoridades planejem uma barbaridade como essa, atravessando um bairro residencial, como é o caso do Jardim Morumbi, onde só há casas. Essa obra visa unicamente a atender a um jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, num estádio de futebol obsoleto, que, por falta total de planejamento urbano, se encontra incrustado num bairro residencial. Não sou contra o progresso, porém, agredir o bem-estar dos cidadãos, a natureza e a sustentabilidade me parece crime que deve ser evitado a qualquer custo.

ALBERTO SINGER

São Paulo

A Assessoria de Imprensa do Metrô informa que a Linha 17– Ouro (São Judas/Congonhas/ Morumbi), que utilizará o canteiro central da nova avenida (Perimetral Sul), em implantação na região sul, interligará todo o sistema metro ferroviário e seu traçado passará por áreas carentes de transporte coletivo. Com essa nova linha, a população terá fácil e rápido acesso a diversas regiões.O planejamento de novas linhas de metrô leva em conta todos os indicadores de deslocamento de pessoas, além da dinâmica urbana da metrópole, que se altera cotidianamente.

O leitor contesta:

É lamentável esse tipo de resposta-padrão do Metrô. Essa linha passará, sim, por áreas carentes, porém acabará com o que ainda resta de bairro residencial horizontal. O pior é que o governo do Estado e a Prefeitura nada fazem para impedir que as barbaridades urbanas proliferem.O correto neste caso seria construir o Metrô subterrâneo, mas se decidiu por uma obra mais barata e rápida. Isso é Brasil.