quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

E-mail Camara dos Vereadores SP

A
Camara Municipal de SP

At.José Police Neto

Caro Vereado,

Como seu eleitor fui surpreendido hoje pela noticia da Radio VBN informando aos ouvintes sobre o aumento da verba destinada a publicidade (R$ 37 mm para 2010contra R$ 12 mm de 2009), no mesmo momento em que nós contribuintes estamos arcando com um acréscimo considerável da carga tributária através do IPTU.

Considerando as enormes deficiências e car~encias da nossa cidade gostaria de sugerir em meu nome e tomando a liberdade em nome dos demais moradores e membros da nossa ONG SMM - Sociedade dos Moradores do Morumbi que a Camara Municipal dos Vereadores de SP repensasse sobre esta importante questão.

Permanecemos a sua disposição para contribuirmos como cidadãos com sugestyões e eidéias sobre o destino da verba suplementar

sábado, 12 de dezembro de 2009

Citação da Futura Linha Congonhas / Morumbi (Em estudo)



Seria importante o Governo Estadual discutir com os moradores o futuro trajeto, já que, a proposta é construir um Metro de superfície atravessando o Bairro do Morumbi, chegando ao Estadio.










Mera especulação: Seria este o trajeto final (Congonhas, Aguas Espraiada, Panamby, passando pela divisa da Favela de Paraisópolis, atravessando a avenida Sen. Otavio Mangabeira, Jules Rimet com parada final na estação do Estadio do Morumbi ?













sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MORUMBI e adjacências – “AME-O OU DEIXE-O, em PAZ”

Ao longo dos últimos anos o Bairro do Morumbi e adjacências passaram por grandes transformações, tendo como eixo a segurança de um lado e a pressão imobiliária do outro, ambas partes de um contexto perverso. De um lado o nome Morumbi que hoje se estende por uma mera conveniência mercadologia dos incorporadores e construtoras do Caxingui até o Jardim Sul é uma grife imobiliária excepcional para o lançamento de grandes projetos com a mensagem subliminar para a nova classe média: “Venha morar em um bairro de elite voltado para poucos”. Do lado perverso, dois mundos em choque, o dos “abastados e endinheirados” e das “comunidades carentes” que se encontram constantemente nas esquinas e faróis ou quando das invasões de residências e que garantem à mídia audiência certa sempre que algo triste ou cruel acontece.

Infelizmente o crescimento desordenado e sem planejamento criou a percepção de que a Grife Morumbi não é suficiente para garantir a qualidade de vida dos seus moradores no longo prazo, ou seja, além da violência os acessos restritos ao bairro, de um lado para outro do rio pinheiros transforma o ir e vir em um martírio diário.

Como sempre para tudo existem soluções milagrosas, mesmo que as mesmas não tenham um fórum de discussão objetivo, adequado e participativo do bairro, ou seja, as obras que “salvarão” o Morumbi caótico e farão a alegria dos torcedores do mundial de 2014, envolve projetos de mega infra estrutura, para citar como exemplo; a construção da linha amarela do metro com a sua ligação até o estádio do Morumbi, uma garagem verticalizada em frente ao estádio, uma linha do metro de superfície (Minhocão do Morumbi) ligando o aeroporto ao estádio, uma avenida saindo do Panambi e desembocando no “ladeirão” da favela de Paraisópolis, talvez uma nova ponte próxima ao parque Burle Max e não sei se verdade ou não a retomada do projeto de um túnel que começaria no parque Alfredo Volpi e desembocaria próximo ao Estádio.

De um lado há de se valorizar os aspectos positivos da implantação de novas linhas de transporte coletivo permitindo a troca dos automóveis por meios de transporte mais eficientes e menos poluentes, mas por outro lado é necessário analisar seriamente o custo do impacto no entorno dos bairros ao Estádio já vitimados por reformas da lei de zoneamento e de leis de incorporação imobiliária (Vide os projetos pseudos “residenciais” em frente ao Hospital Albert Einstein).Friso que existe algo perigoso no ar, ou seja, o sentimento que no longo prazo a parte ainda intocada do bairro não escapará de um processo de edificação vertical nas glebas onde as posturas originais dos loteamentos não indicarem restrições claras do uso e ocupação do solo. Esqueci de dizer que no ano de 2010 uma nova intervenção, desta vez econômica irá confiscar mais um pouco do bolso da classe média, ou seja, alíquotas leoninas ainda não divulgadas do IPTU.

O grito dos inocentes, dos pobres e desassistidos, dos ricos e endinheirados deveria ser no sentido de cobrar definitivamente o respeito para que as decisões de um Estado (Prefeitura, Estado e Gov. Federal), tradicionalmente incompetentes e desalinhados em relação à prioridades dos habitantes, obrigasse os mesmos a apresentar uma agenda clara para a reurbanização do bairro de modo a:

1. Preservar as características urbanísticas originais dos bairros Z-1 que servem como pulmão verde para uma cidade em ritmo alucinante de aquecimento;
2. Analisar seriamente o impacto de cada projeto de transporte coletivo e viário a fim de que ocorra o menor impacto possível sobre o bairro já castigado;
3. Garantir a presença efetiva do estado nas favelas visando intervir e reduzir substancialmente a violência causada pela presença de grandes traficantes de droga que se escondem no meio das comunidades e conseqüentemente desmitificar os falsos conflitos de “luta de classes” entre ricos favelados é a solução correta, já que, apenas abrir lojas de eletrodoméstico e agências bancárias é importante, mas não garantem a formação de bairros com qualidade de vida e segurança aos seus moradores, nem tão pouco dá a oportunidade para que os seus moradores passem a cobrar soluções e projetos de longo prazo do Estado.

Obra para a Copa?

Fiquei estarrecido com a matéria publicada no jornal em que é abordada a ligação via metrô de superfície (monotrilho) do Aeroporto de Congonhas ao Estádio do Morumbi.
É inacreditável que as autoridades planejem uma barbaridade como essa, atravessando um bairro residencial, como é o caso do Jardim Morumbi, onde só há casas. Essa obra visa unicamente a atender a um jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, num estádio de futebol obsoleto, que, por falta total de planejamento urbano, se encontra incrustado num bairro residencial. Não sou contra o progresso, porém, agredir o bem-estar dos cidadãos, a natureza e a sustentabilidade me parece crime que deve ser evitado a qualquer custo.

ALBERTO SINGER

São Paulo

A Assessoria de Imprensa do Metrô informa que a Linha 17– Ouro (São Judas/Congonhas/ Morumbi), que utilizará o canteiro central da nova avenida (Perimetral Sul), em implantação na região sul, interligará todo o sistema metro ferroviário e seu traçado passará por áreas carentes de transporte coletivo. Com essa nova linha, a população terá fácil e rápido acesso a diversas regiões.O planejamento de novas linhas de metrô leva em conta todos os indicadores de deslocamento de pessoas, além da dinâmica urbana da metrópole, que se altera cotidianamente.

O leitor contesta:

É lamentável esse tipo de resposta-padrão do Metrô. Essa linha passará, sim, por áreas carentes, porém acabará com o que ainda resta de bairro residencial horizontal. O pior é que o governo do Estado e a Prefeitura nada fazem para impedir que as barbaridades urbanas proliferem.O correto neste caso seria construir o Metrô subterrâneo, mas se decidiu por uma obra mais barata e rápida. Isso é Brasil.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Copa 2014 e Praça Roberto Gomes Pedrosa no Morumbi

Histórico.

No inicio da segunda metade do século passado, a margem sul do Rio Pinheiros (avenida Engenheiro Billings/avenida Magalhães de Castro) era efetivamente pouco ocupada pela cidade no trecho norte-sul, identificado entre a desembocadura no Rio Tiete e a ponte João Dias. Destacavam-se o Jockey Club, o bairro do Butantã e seu Instituto, a Cidade Universitária e a área de influência ao longo das avenidas Francisco Morato (saída para BR-116), a avenida Vital Brasil (saída para a Rodovia Raposo Tavares) e avenida Corifeu de Azevedo Marques (saída para Osasco e Barueri), correndo ao lado dos trilhos da ferrovia.

A urbanização e os bairros que vieram a compor em grande parte os distritos de Vila Sonia e Morumbi surgiram posteriormente e, por incrível que isso hoje possa parecer, bairros como Cidade Jardim, Jardim Guedala, Colina das Flores, Fazenda do Morumbi, Jardim Leonor, Jardim Morumbi, Vila Inah e até Paraisópolis (hoje desfigurado e em fase de reurbanização) entre outros, foram desenvolvidos segundo planejamento urbano e destinados, desde a sua implantação, a moradias residenciais unifamiliares, como já ocorrera anteriormente, no lado da margem oposta, com os Jardins Paulista, América, Europa, quase simultaneamente com o Alto de Pinheiros. Isolados pela linha férrea e pelo leito do rio Pinheiros, os bairros da margem sul eram naquele tempo considerados como os confins da cidade, fazendo fronteira com os sítios e chácaras que constituíam parte do anel verde então existente no entorno da cidade de São Paulo.

Na região do Morumbi, quase como pólos a atrair a população para aquela região, foi estimulada a implantação de diversos loteamentos e alguns melhoramentos urbanos, tendo à frente de todos a Rede Bandeirantes pertencente ao mesmo grupo familiar que projetou e implantou parte desses bairros, como o fez a antiga Companhia City: a Universidade Francisco Matarazzo (hoje sede do Governo Estadual), os Colégios Santo Américo e Porto Seguro, a Escola Americana, o Colégio Nossa Senhora do Morumbi, o Hospital Infantil da Legião Brasileira de Assistência, o Hospital Albert Einstein, o São Paulo Futebol Clube, o Clube Paineiras do Morumbi. Foi planejada e implantada uma área residencial que proporcionasse alta qualidade de vida e profusão de áreas verdes.

O grande desenvolvimento e ocupação aconteceram com o advento de financiamento da construção habitacional pelas Caixas Econômica Estadual, Federal e antigo Banco Nacional de Habitação, com utilização de Fundo de Garantia por Tempo de Serviços constituindo uma comunidade de classe média alta que se colocou lado a lado no Distrito a um segmento especifico da população de classe econômica A e de outra feita, a um segmento especificode população de classe econômica C,D e E.

Ao mesmo tempo em que isso ocorria, na margem oposta do rio e no centro da cidade o crescimento desenfreado da metrópole trazia problemas enormes para todos seus habitantes com tentativas de solução adequadas àquele momento mas que com o correr do tempo se mostraram inadequadas e, mais que isso, com um poder devastador de degradar ainda mais a urbe. Importante destacar que tais soluções naquele momento não eram exclusividade do urbanismo brasileiro, tendo sido implantadas em centros urbanos norte –americanos e ingleses e da mesma forma acabando por levar degradação aos mesmos:


- Para acomodar os automóveis que se dirigiam ao centro, destruindo a antiga Praça das Bandeiras construiu-se sobre a mesma amplo estacionamento em vários níveis e acima dele a Câmara Municipal.

- Na Avenida Nove de Julho, na Rua Riachuelo, na Rua da Consolação, no Vale do Anhangabaú, Praça Julio Fontoura construíram-se enormes e altos esqueletos estruturais, edifícios garagens para abrigar automóveis particulares que se transformaram em enormes ninhos de morcegos que são diuturnamente combatidos e levaram à degradação da ocupação dos trechos em que foram construídos, o que é facilmente constatável ao simples olhar do mais comum dos cidadãos.

-Inclui-se nesse contexto a Praça Roosevelt transformada em um complexo problema para o qual ainda não se encontrou solução apesar da busca continua dos técnicos e urbanistas da Prefeitura Municipal de São Paulo em resolvê-lo.

Na mesma geração de soluções implanta-se o Elevado Costa e Silva que, como estas, é parte do conceito urbanístico então vigente e um arranjo com o fim de minorar problemas de transito, circulação e estacionamento de veículos particulares, mas sem se importar com o transporte público e muito menos com a preservação das características urbanas e da qualidade de vida da cidade.

A cidade cresceu, englobou aquele anel verde, unindo-se fisicamente às demais cidades e vilas do seu entorno. As principais ruas dos bairros residenciais tranqüilos que então a circundavam compondo o seu limite, transformaram-se em vias da malha urbana convertidas em rotas de passagem para os habitantes da grande metrópole que passaram a viver nos bairros que se criaram no antigo anel verde e, mais além, nas cidades vizinhas cujas áreas se viram integradas àquela da grande metrópole, como por exemplo Taboão da Serra, Embu e Cotia.

Mas essa história aconteceu no século passado! Passaram incólumes por esse momento conceitual, sendo preservados e salvando suas características históricas, culturais e urbanístico-arquitetônicas pontos de destaque na cidade de São Paulo: Junto ao Parque Siqueira Campos e no complexo do Hospital das Clinicas o bom senso levou à construção de garagens subterrâneas.

Algumas áreas verdes se salvaram e não foram substituídas por edifícios de garagens coletivas destinadas aos veículos particulares, situadas em locais como: a Praça Ramos de Azevedo ao lado do Teatro Municipal; o Parque da Luz junto à Pinacoteca e Estação da Luz; a Praça das Esculturas junto ao Detran e a Bienal; o Parque do Piqueri junto ao Estádio do Esporte Clube Corinthians Paulista; a Praça Francisco Matarazzo junto ao Estádio Palestra Itália; o Parque da Independência junto ao Museu Paulista; a Praça Charles Miller junto ao Estádio Paulo Machado de Carvalho e Fundação Armando Álvares Penteado, a Praça Julio Fontana junto ao Conjunto Esportivo do Ibirapuera e Assembléia Legislativa; o Parque Villa Lobos junto ao CEAGESP; o Parque D.Pedro II junto ao Mercado Municipal. Da mesma forma, a Praça Roberto Gomes Pedrosa, que fora ampliada por decreto do Prefeito Faria Lima, sobreviveu galhardamente apesar de desfigurada pela intervenção agressiva da qual foi vitima, ao ser transformada de área absolutamente verde em pátio asfaltado para estacionamento, servindo aos interesses de instituições localizadas nas suas redondezas.

Toda a região identificada genericamente pelo nome de Distrito do Morumbi em que está inserida, de natureza estritamente residencial e unifamiliar, teve preservadas suas características e mantidas as especificações dos loteamentos que lhe deram formação, obedecidas as restrições originais e seu modelo urbanístico respeitado por todos os projetos e leis de zoneamento e planejamento, neles incluídos o Plano Diretor e o Plano Estratégico Regional do Butantã aprovado em 2004 e sua alteração atualmente em curso.

Na medida do possível, e do quase impossível, mediante ações na justiça, a comunidade local, através das cerca de 40 associações que a representam, está constantemente envolvida no acompanhamento de todos os projetos desenvolvidos, assim como na sua implantação e planejamento. Atentamente participa de todas as ações do poder público que a afetem sob o ponto de vista da segurança pública, trânsito, qualidade de vida, interesse social atuando, de maneira próxima e colaborativa, ao mesmo tempo em que defende os interesses da comunidade junto aos órgãos competentes dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, Estaduais e Municipais.

A luta para a defesa e pelo retorno do verde, quando seja o caso, há longos anos resulta positiva na grande maioria dos casos. Importante ressaltar que uma de suas grandes batalhas vem sendo, desde sempre, a recuperação da Praça Roberto Gomes Pedrosa. De forma significativa a comunidade envolveu-se também na elaboração do Plano Estratégico Regional, assim como em sua revisão.

Nessa sua luta pelo bem comum as associações que congregam moradores e comunidades de todas as classes sociais do bairro receberam a adesão e apoio da maioria das entidades jurídicas privadas que se encontram instaladas na área. São exemplos de participação na ação comunitária os colégios Santo Américo e Pio XII, o Hospital Israelita Albert Einstein, o Clube Paineiras do Morumbi, a Rede Bandeirantes de Radio e Televisão. Lamentavelmente houve instituições que não se dispuseram a participar, e nem ao menos colaborar, sendo que há inclusive o caso de quem atue na defesa de seus interesses próprios e específicos, usando do tamanho e força política para se contrapor aos anseios comuns.

Entre as lutas que, com sucesso, travou a comunidade podemos destacar:

- Pela implantação de Base Policial Comunitária da Policia Militar na Praça Roberto Gomes Pedrosa

- Pela remoção de out-doors clandestinos de longa data instalados ao longo de todas as avenidas do bairro e finalmente além de proibidos por legislação específica no Plano Estratégico Regional, eliminados com a aplicação da Lei “Cidade Limpa”.

- Pela fiscalização rigorosa e aplicação correta da lei na implantação de torres de retransmissão de telefonia que ocorria no bairro de maneira indiscriminada e à revelia das normas vigentes.

- Pela fiscalização rigorosa e aplicação correta da legislação de zoneamento, impedindo a instalação indiscriminada de edificações comerciais e de prestação de serviços clandestinas, nas anteriormente identificadas como Z1 e posteriormente ZER 1.

- Pela fiscalização e repressão do comércio ambulante irregular e dos estacionamentos clandestinos, especialmente em dias de eventos no Estádio Cícero Pompeu de Toledo.

- Pelo controle dos sobrevôos à baixa altura e pousos não autorizados de helicópteros no bairro.

E ainda mais:

- Participação efetiva nos Grupos de Trabalho criados pela PMSP e pela PM para planejamento das ações de trânsito e segurança no bairro quando de eventos no Estádio Cícero Pompeu de Toledo.

- Presença ativa nas assembléias e reuniões de participação popular durante a elaboração e aprovação do Plano Estratégico Regional.

Dentro desse trabalho, a comunidade acompanha com absoluto interesse os planos já estabelecidos e os projetos em implantação, com sucesso para o benefício da comunidade, destacando-se entre eles:

- A urbanização das áreas de favelas, ZEIS, destacando-se entre elas: Panorama, Real Parque, Porto Seguro e Jardim Colombo além de Paraisópolis, esta já na área da Subprefeitura de Campo Limpo.

- A limpeza, despoluição, tratamento e adequação de calha do Córrego Antonico que corta o bairro, já está sendo tratada de forma adequada na reurbanização de Paraisópolis, faz parte de TAC assinado pelo Colégio Porto Seguro com a PMSP, e depende hoje exclusivamente de trabalho efetivo de adequação e redimensionamento da calha e despoluição no trecho correspondente à Avenida Jules Rimet (objeto de inquérito no Ministério Público) onde causa inundações na ocorrência de chuvas mais fortes, para que seja levado avante.

- A construção de ciclovia já projetada e constante do Plano Estratégico Regional ao longo do Córrego Antonico em toda sua extensão.

- Reestudo da Operação Urbana Vila Sonia ao longo da Avenida Francisco Morato.

- Projeto de Ponte sobre o rio Pinheiros na altura do Parque Panamby, já na área da Subprefeitura de Campo Limpo.

- Projeto de ligação em túnel da Avenida Giovani Gronchi com a Marginal Pinheiros, constante do Plano Estratégico Regional.

A comunidade batalha ainda, como conseqüência desses projetos, pela implantação de projetos de tráfego, a partir dessas alterações urbanas previstas e em estudo/ implantação, criando bolsões de tráfego de modo a restabelecer nesse sentido a verdadeira vocação residencial do bairro.


O impacto da COPA 2014

Surge então o grande impacto: a Copa de 2014 e os projetos do São Paulo Futebol Clube. Apresentou-se o São Paulo Futebol Clube como candidato a sediar em seu Estádio Cícero Pompeu de Toledo jogos desse evento e, para atender as solicitações da FIFA nesse sentido a fim de viabilizar esses eventos, apresentou projeto do arquiteto Ruy Ohtake, seu torcedor, para adequar suas instalações.Enquanto arquiteto de renome, discípulo de Oscar Niemayer, como se encontra no seu próprio site, e autor de destacados e controvertidos projetos de edifícios com arrojada arquitetura moderna e contemporânea, exemplo de habilidade com curvas e formas orgânicas destacadas por seu mestre, vem a ser inquestionável o trabalho apresentado pelo mesmo para adequação das instalações internas do clube, para esse evento.

Extrapola, contudo, em suas atribuições como arquiteto do Clube, no momento em que propõe a utilização de uma área pública, a Praça Roberto Gomes Pedrosa, para a construção de um edifício-garagem que atende a uma população discreta de menos de 10% da capacidade do estádio Cícero Pompeu de Toledo e que, na verdade, vai no futuro atender exclusivamente aos associados do clube e/ou de alguns freqüentadores dos eventos que nele vierem a ocorrer, em detrimento da qualidade de vida no todo da comunidade na qual será implantado.

A proposta coloca, como salvaguarda para a qualidade de vida do bairro, a instalação de um jardim suspenso na sua cobertura não considerando, lamentavelmente, a perda de área permeável de solo que qualquer cidadão, hoje, busca evitar face às conseqüências nefastas, já conhecidas, para nosso planeta.

Tal proposta contrapõe-se a todos os projetos e planos já exaustivamente estudados e aprovados por urbanistas e técnicos contratados ou membros dos Poderes Legislativo e Executivo Municipais, desenvolvidos na elaboração do Plano Diretor e dos planos Estratégicos Regionais, que abertos à discussão publica em assembléias populares, reuniões e debates não receberam, em momento algum, qualquer comentário ou colaboração do São Paulo Futebol Clube, o qual não se fez representar em nenhuma dessas ocasiões.

A deterioração da área residencial, em função da construção de um edifício-garagem sobre a Praça Roberto Gomes Pedrosa pode ser inferida a partir das situações hoje vividas, em conseqüência dos projetos similares executados no século passado, e já referidos.

A proposta apresentada inviabiliza, em termos de trânsito e segurança, a criação de um anel de segurança ao redor do Estádio Cícero Pompeu de Toledo. Esse tipo de ação, implementada pela CET e pela Policia Militar coincide com procedimento padrão adotado em situações semelhantes na maioria dos paises e se destina à propiciar ação rápida e eficiente sem piores conseqüências na ocorrência de fatos que possam envolver a segurança dos participantes. O edifício garagem praticamente anexo ao Estádio, trazendo veículos particulares a estacionar junto do mesmo e reduzindo o espaço livre no seu entorno é projeto contraditório com tal conceito.

Outro aspecto observado é a proposta de trem aereo (VLT) em linha com extensão de apenas 1.100 metros para atender o Estádio a partir da Estação Butantã do Metro de São Paulo, correndo em estrutura suspensa sobre o leito do córrego Antonico ao longo da Avenida Jorge João Saad. Aparentemente um projeto que submetido à análise de viabilidade técnica e econômica deve mostrar-se inviável, uma vez que, a menos da oportunidade de eventos no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, serviria apenas aos proprietários de 4.000 veículos particulares, estacionados no edifício-garagem, uma vez que o terminal de ônibus da região já está em construção junto à estação Butantã do metrô.

Esse trecho de VLT único e indiviso, aparentemente não tem previsão para instalação de áreas para manutenção, manobra e estacionamento de composições quando fora de operação.

Deve ser ainda considerado o efeito negativo e a deterioração urbana da área residencial no seu entorno, o que pode ser facilmente observado também em outras cidades do mundo em que foi instalado esse tipo de transporte, desde a cidade de Miami nos Estados Unidos, até Bangkok, capital da Tailândia. É válido temer que a implantação dos equipamentos propostos para o entorno do Estádio Cícero Pompeu de Toledo seja um primeiro passo no sentido de comprometer a preservação dessa área como exclusivamente residencial, comprometendo a qualidade de vida no local de tal forma que se justifique a partir disso, a modificação do seu uso com adensamento urbano e construção de condomínios de edifícios comerciais.

Destaque-se que a comunidade não foi ouvida em forma alguma e estudo de
impacto ambiental sequer sugerido, apesar de legalmente obrigatório


Aloysio Camargo é especialista em projetos urbanísticos da cidade de SP e colaborador da Soc.Dos Moradores do Morumbi

Sustentabilidade: "Interdependência ou Morte"

Artigo publicado BLOG Milton Jung - Radio CBN

24/09/2008

De D.João V a Oded Grajew, de Ray Anderson a Ricardo Guimarães (autor da frase acima), de Al Gore a Jens Stoltenberg, criatividade às ameaças é o que não falta. A Sustentabilidade acompanha permanente e indefinidamente a todos.

É da alçada de dirigentes e dirigidos independentemente de dimensões, poder e hierarquia.Do levantar da cama até a volta para dormir estaremos diante de ações que podem ajudar ou piorar o relacionamento com a natureza ou com outras pessoas. Se usufruirmos e não devolvermos, não sustentaremos o planeta para as futuras gerações ou as nossas relações pessoais.Em 1728 ficou pronta a obra que D.João V mandou construir com a preocupação da conservação dos 4 mi livros em pergaminho: a Biblioteca Joanina, na Universidade de Coimbra. Até hoje todas as obras estão impecáveis, graças as paredes de 2,11 m , as madeiras que absorvem a humidade e, principalmente, a colônia de morcegos incumbida de exterminar traças e baratas. O trabalho adicional consiste em forrar piso e estantes com um tapete de couro à noite e retirá-lo na manhã seguinte.
Similar ao que fazem os ingleses em Wimbledon. Ray Anderson da Interface Flor não vende mais carpetes, presta serviços de forração de pisos. Substitui quando desgastado, reciclando com parte do mesmo material e estima que, até 2020, não mais extrairá elementos da natureza pois fechará o ciclo com impacto zero ao meio ambiente.

Paulo Itacarambi ressalta que com isso a matriz de produção não entrará em colapso, como é comum quando o ritmo é só de crescimento. Extrair, produzir, descartar. Efetivando a obsolescência programada ou percebida.

Casas Bahia e Brastemp estão com a logística reversa, isto é, na entrega dos móveis retornam no mesmo veículo para o depósito onde são separados, plástico, isopor, papelão e o sofá velho, que é desmontado e as partes doadas para quem as aproveita.

O mesmo acontece com os eletrodomésticos nas compras pela Internet.A Companhia Industrial de Vidros do Nordeste, tem a operação “Papa Vidro” para recolher garrafas que serão reutilizadas.

O Instituto Ethos , fundado por Grajew , com 1357 empresas associadas, correspondendo a 35% do PIB nacional, propõe a Responsabilidade Social Empresarial e está á disposição.Em pesquisa de 2007, o Instituto Akatu, entidade destinada a orientação e apoio do consumidor nas questões de RSE, detectou que existe uma visível distância entre as aspirações e a realidade na relação dos consumidores com as empresas e suas responsabilidades sócio-ambientais. Isto, entretanto não se reflete em ações concretas por parte dos consumidores no momento da compra.

O Movimento Nossa São Paulo cobra, antecipadamente, dos candidatos à Prefeitura e à Câmara, o compromisso com a responsabilidade social. A partir desta gestão , teremos indicadores a cada 6 meses , tais como número de alunos por sala, evasão escolar, acidentes de trânsito, índice de congestionamento, etc Jens Stoltenberg, da Noruega, recém materializou o Fundo Amazônia com US$ 20 milhões para por em seguida mais US$ 120 milhões, de acordo com a taxa de desmatamento. Previsão de US$ 1 bilhão até 2015 na conta de 2006, quando menos 5.500 km2 do limite de 19.500 km2 de desmatamento foram atingidos.
No Brasil, já são mais de 5 milhões de hectares de florestas certificadas pelo selo internacional FSC. Atualmente, 207 empresas possuem a certificação para a cadeia de produção e comercialização dos artigos de madeira (cadeia de custódia).O FSC emite dois tipos de selo para os produtos, um que atesta que o material é 100% certificado, e outro, chamado selo misto, que garante que no mínimo 70% do material utilizado na fabricação tem o certificado.Fundador da ONG Amigos da Terra, o ambientalista Roberto Smeraldi, convenceu os bancos a só liberar financiamentos a companhias que têm responsabilidade ambiental.Se a Rosana Jatobá fica no máximo 15 minutos no banho, com toda aquela “extensão territorial”, é hora de repensarmos o nosso chuveiro.

Carlos Magno Gibrail é doutor em marketing de moda e, toda quarta-feira, escreve textos sustentáveis aqui no blog. Não declara no Imposto de Renda Social o tempo que fica no banho, mas se esforça para mudar hábitos.